terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ode ao Cume


No alto daquele cume

Plantei uma roseira

O vento no cume bate

A rosa no cume cheira.

Quando cai a chuva fina

Salpicos no cume caem

Formigas no cume entram

Abelhas do cume saem.

Quanto cai a chuva grossa

A água do cume desce

O barro do cume escorre

O mato no cume cresce.

Quando cessa a chuva

No cume volta a alegria

Pois torna a brilhar de novo

O sol que no cume ardia!


No cume da minha serra
Eu plantei uma roseira,
Quanto mais as rosas brotam
Tanto mais o cume cheira.

À tarde, quando o sol posto,
E o vento o cume adeja,
Vem travessa borboleta,
E as rosas do cume beija.

No tempo das invernadas,
Que as plantas do cume lavam,
Quanto mais molhadas eram
Tanto mais no cume davam

Mas se as águas vêm correntes,
E o sujo do cume limpam,
Os botões do cume abrem,
As rosas do cume grimpam.

Tenho pois certeza agora
Que no tempo de tal rega,
Arbusto por mais cheiroso
Plantado no cume pega.

Ah! Porém o sol brilhante
Seca logo a catadupa;
O calor que a terra abrasa
As águas do cume chupa!

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